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    Quando descobrimos que a nossa atitude encoraja a ação positiva em outras pessoas e isso por sua vez motiva Outras, começamos acreditar que podemos mudar o mundo. (JM)

    Global Forum discute educação em rede para um mundo sustentável

    Escrito: sexta-feira, 21 de novembro de 2008 by João Malavolta in
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    Em encontro em São Paulo, o primeiro realizado fora do Paraná, participantes elaboram propostas de ações inovadoras em prol de uma sociedade sustentável. Já estão agendados novos workshops em Manaus e João Pessoa


    Começou nesta quinta-feira (20), em São Paulo, o Call for Action, workshop para elaborar propostas de ações inovadoras em prol de uma sociedade sustentável. O encontro, que pode ser traduzido como “Chamada para Ação”, é um desdobramento do Global Forum América Latina (GFAL), realizado em junho, em Curitiba. E o primeiro que acontece fora do Paraná.


    Com o objetivo de discutir o papel da educação e dos negócios com foco na sustentabilidade, o Global Forum foi trazido ao Brasil pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), com o apoio da comunidade empresarial e acadêmica.


    Cerca de 300 empresários, executivos, representantes da academia, do poder público e da sociedade civil participam das discussões em São Paulo, que visa o trabalho em rede e compartilhado. O workshop termina nesta sexta-feira (21), quando serão apresentados planos de ação para trabalhar a educação e sustentabilidade.


    “Esse encontro em São Paulo é fruto das reflexões iniciadas em junho, em Curitiba. Entendemos que é preciso repensar a formação para os negócios e percebemos que o caminho para isso é a formação de redes sociais e de aprendizagem, que influem de forma positiva nas mudanças e na educação”, afirmou o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, na abertura do encontro. Rocha Loures, que também é vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria, ressaltou que a CNI está comprometida com desenvolvimento social responsável.


    “Se não acontecer uma mudança de consciência e de método nas empresas e nas universidades, viveremos em crise permanente e podemos entrar em crises irreversíveis. O primeiro desafio da atualidade é a organização em redes”, disse Loures.


    Na avaliação de Mário Monzoni, diretor do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, a mobilização está apenas no começo. “É através de atividades como essa que podemos contribuir para o desafio da sustentabilidade. Formamos um grupo de trabalho para tratar a sustentabilidade do ponto de vista da educação.


    Um dos resultados foi a criação de uma nota técnica, que subsidiará a inserção da sustentabilidade nas áreas de pesquisa da Capes”, disse Monzoni. ”A Capes aprovou nossas sugestões e fará um edital para subsidiar iniciativas envolvidas com a sustentabilidade. Isso mostra que a área de gestão tem importância estratégica semelhante à área de tecnologia”, ressaltou Rocha Loures.Um dos resultados esperados deste Call for Action será a criação da Rede Social do Movimento Global Forum, que reunirá representantes de todos os setores para continuar as discussões e propor ações em prol da sustentabilidade.


    Os participantes poderão colaborar com iniciativas que vão ao encontro de suas áreas de interesse, criar suas próprias iniciativas e contribuir com um banco de informações com ações pela sustentabilidade.A organização do Call for Action é da Unindus, universidade corporativa do Sistema Fiep, com apoio do Sesi-PR e em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas, Case Western Reserve University (EUA) e Instituto Ethos.


    Educação no Brasil – O presidente da Associação Nacional dos Cursos de Graduação e Administração (Angrad), Antonio Freitas, apresentou um panorama da educação no país. “O Brasil é um pais estranho: temos uma economia crescente, mas na educação somos muito fracos. Na Rússia, mais de 50% das pessoas têm curso superior, no Brasil, esse índice é de apenas 3%, sendo que, destes, 75% estão em escolas privadas”, disse.Para Freitas, é preciso sensibilizar as pessoas para haver mudanças.


    “Nosso sistema é elitista e discriminatório. Para que haja um programa de sustentabilidade, temos que tornar as coisas mais homogêneas. Para isso, nossa educação superior deve ser melhorada, mas temos que começar com a educação básica”, enfatizou Freitas.Repercussão - Estados do Norte e Nordeste do Brasil também estão se mobilizando para refletir sobre educação e sustentabilidade, tomando como base o Global Forum.


    Em março, em data a ser confirmada, será realizado um encontro em Manaus, e nos dias 15 e 17 de abril, em João Pessoa, na Paraíba. No Norte, o foco será as mudanças climáticas; no Nordeste, a redução da pobreza.Os resultados desses encontros serão sistematizados e compartilhados no encontro BAWB – Global Forum Mundial, que acontecerá em junho de 2009, em Cleveland, nos Estados Unidos.


    A idéia é promover, a partir de agora, uma chamada coletiva para que os participantes do Global Forum e outras pessoas que desejem se agregar ao movimento se convertam em agentes de iniciativas concretas em favor da sustentabilidade


    De bem com o meio ambiente – Assim como nas edições anteriores do Global Forum, realizadas em Curitiba, este encontro será livre de carbono, graças à captura promovida por quarenta árvores oferecidas pela Menos Carbono, empresa especializada neste tipo de solução.
    Foto: Divulgação

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